REFLITA PICARETAS





20/09/2011 por Rafael Sacramento

Ser humano: ser de abertura, de sonhos, de escolhas...



Vamos refletir hoje sobre o que de fato seja o ser humano, ao menos sobre a perspectiva da liberdade. Estamos acostumados a ver variados grupos, ideologias, filosofias e religiões, dentre outros, arvorarem o direito de poder, a bel prazer, definir o que seja o homem, encerrando-o num esquema fechado no qual tudo que se oponha a tal definição deve ser rechaçado. Por outro lado, é notável o quanto essas doutrinas não conseguem realizar o homem em sua totalidade, no constatamento dos constantes “êxodos” e migrações das pessoas, em trocar de religião, ou de posições, por uma opção, qualquer que seja, e não se fixam em nada, da mesma forma, por um outro lado, que alguns consolidam-se em posições extremistas, que não demoram a revelar-se em certos exageros. 

O homem, por muitas ocasiões, deixa esvair-se a sua capacidade de sonhar, de “ser mais” para citar Paulo Freire, de sentir-se como um ser aberto ao infinito de possibilidades, de realizações, de conquistas, por uma atitude de fechamento estanque, que o aprisiona num reduto odioso, deprimente, o impedindo de prover sua maior qualidade: “poder ser tudo que seus sonhos mais radiantes possam almejar.” 

É para situar o homem, realmente naquilo que ele tem condições de alcançar em sua epopéia (viagem) humana, que o filosofo francês Jean Paul Sartre, nos auxilia nesta reflexão: 



[...] há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito: este ser é o homem, ou, como diz Heidegger, a realidade humana. O que significa, aqui, dizer que a existência precede a essência? Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. [...] (SARTRE, 1970, p. 4.) 



O primeiro anúncio maravilhoso que Sartre nos apresenta, é justamente uma visão otimista do homem. Dizer que a existência precede a essência, é uma máxima que permite ao ser humano, diante de uma série de opções, escolher-se em ser o que quer, e o que mais o realiza. O homem é um ser a priori (de princípio) aberto, a uma séria de possibilidades que melhor virá de encontro aos seus anseios mais íntimos, que um determinado momento da existência vai se conjecturando. Nunca um ser fechado, acabado, pronto e encerrado, pois, se assim fosse, melhor seria não existir. A existência, em seu valor etimológico e mesmo semântico, vem significar aquilo que teve um início, estando aberto e sujeito a transformações e seguimento do seu curso natural, que, apenas neste âmbito pode ser tomado como determinado, pois – todos iremos morrer, mas o que será dessa vida até seu termo, cabe a cada um decidir. 

O homem não pode ser programado, profetizado, determinado, dentro de um dilema que não pode escapar, mas, pelo contrário, o homem escapa a qualquer esquema que se lhe antepõe. Portanto, a essência do homem não vem antes de seu efetivo viver, mas constrói-se na vivência cotidiana e rotineira, que, a cada escolha, vai confirmando um modo de existir, ou vai rompendo com maneiras antes assumidas. Assim, vamos construindo a nossa essência que permanece sempre envolta a alterações substanciais e circunstanciais, pois, não mudamos quando idealizamos um comportamento, mudamos quando o praticamos. A mudança não está no terreno do espírito, mas do comportamento, isso é, uma práxis (prática) que atualize o que desejamos no espírito. 

Da mesma forma nossos sonhos se tornam realidade, à medida que o sonho virtual, inconsciente ou consciente, mude a nossa postura, a assumir o compromisso de realizá-lo. E o realizamos, como a construção de uma casa, a cada dia eu acrescento um tijolo, do que sou, do que quero ser e do que pretendo da minha vida: 



[...] o homem é tão-somente, não apenas como ele se concebe, mas também como ele se quer; como ele se concebe após a existência, como ele se quer após o impulso da existência. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo. É também o que chamamos de subjetividade.[...] (SARTRE, 1970, p. 4.) 



O homem é um ser subjetivo, que aqui, pode ser entendido simplesmente como um ser único, irrepetível, inconfundível, individual e concreto. Portanto, o que constrói em torno de si mesmo, e em si mesmo, é algo que com ou sem a participação das pessoas do mundo e das demais coisas que possa influenciá-lo, nada muda o fato de ele ser desconjugado de ser outra coisa que não seja si mesmo. Portanto, nada nos determina, não existe destino que mine a nossa escolha, mas o máximo que podemos aceitar como permissível é o fator biológico, genético, contextual, educacional, cultural, religioso, econômico, social e psicológico, que, sem dúvida, tem um papel contributivo no que somos e nos tornamos, mas nunca a ponto de nos apetecer-se sem escolhas que possam alterar, transformar, romper e superar todas essas forças, afinal a maior força consiste em sermos algo que de um modo ou de outro fundamentalmente escolhemos ser, ao menos na maioria dos casos. Reflita Picaretas!

Rafael Sacramento


OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz á vitória"


22/08/2011 por Rafael Sacramento


Higiene Psicológica: Eliminar o Lixo Emocional






Umas das maiores buscas humanas se encontra em torno da incessante procura da felicidade. Poderíamos dizer que todos os nossos sonhos, ações, investimentos, trabalhos, estudos, constituição familiar, negócios, pensamentos... Tudo, gira em torno de sermos felizes. A felicidade pode ser tomada como uma sobremaneira de definir, de um amplo modo, para qual a intenção humana verte-se toda a trajetória e ações em busca deste objetivo maior. 

Mas a coisa não é tão simples assim, pois, nesta busca, por vezes incansável de se alcançar tal patamar de vida e realização pessoal, pode se transformar num antro de frustrações, incontinências, exageros morais, perdas, decepções... E tudo aquilo que possa representar um estado de descontentamento - infelicidade. 

Do ponto de vista psicológico, temos um atual quadro clinico, de pessoas que desenvolvem o estresse, isto é, poderíamos defini-lo momentaneamente como resultado físico/químico do acumulo de pequenas frustrações diárias mal resolvidas, que a principio causam um mal estar emocional, mas que posteriormente transforma-se, pelo desgaste e acumulo de novos descontentamentos, num transtorno psíquico, que, não resolvido desenvolve o estresse. Com o tempo, esse volume de frustrações e incontentamentos diários, não descarregados, se transformam em depressões, que já se encontra no nível patológico e foge ao nosso domínio de controle e resolução, isto quer dizer que até o nível de se desenvolverem estresse o ser humano pode, se bem administrar, saudar esse déficit emocional negativo, mas quando, ao não saudá-lo se transforma em depressão, escapa ao nosso poder auto - soteriológico (auto-salvação) de sairmos a partir de nossas próprias forças desta vil condição, e, então, necessitamos de um auxilio médico, tanto para uma terapia emocional, como para um tratamento por meio de psicofármacos - antedepressivos, também chamadas “pílulas da felicidade”, que atuam apenas nos sintomas, que são a neutralização dos efeitos do desencadeamento de dores físicas, mas não tratam das causas, que estão situadas na falta de saúde emocional, por conta de seu portador - o ser humano não saber administrar suas “perdas e frustrações”, para parafrasear com Augusto Cury. 

Sem maiores aprofundamentos, não podemos nos esquecer que existe uma forte indústria e coligações farmacêuticas com consultórios médicos, isto é – quadrilhas – interessados em manter as pessoas viciadas nos psicofármacos que causam dependência química e física semelhante a uma “droga” qualquer, para cumprir a lógica mercadológica/capitalista do lucro, mesmo que essa lógica do lucro seja aplicada a brincar com as saúde das pessoas. Algo que considero um crime hediondo. Alguns médicos também lucram em cima de uma porcentagem com a venda de tais “pílulas”, quando o mesmo, o médico, não é o próprio dono, tem sociedade, ou mesmo alguma parceria com farmácias, ou os fabricantes dos remédios. 

Quando chega neste estágio – da “ditadura das pílulas” – corremos o risco de ficarmos escravos desse mecanismo farmacêutico, iludidos, achando que uma “pílula” irá resolver o nosso problema que é um pouco mais delicado, pois deriva de uma não autarquia, ou seja, processo de autogoverno humano no terreno da razão, do espírito e da emoção, para não permitir que as decepções diárias, que são inevitáveis, desenvolvam-se numa doença. Daí a importância de termos uma higiene psicológica, ou seja, devemos ter uma válvula de escape, ou, mais que isso, sabermos administrar estes estímulos estressantes para que não cresçam e saiam de nosso controle... 

Não queremos aqui dar receita pronta, mas apenas algumas pistas de como lidar com isso, então propomos uma citação de Aristóteles em seu livro Ética a Nicomaco, que nos ajudará a entender melhor esse quadro: 

Ora, é esse o conceito que preeminentemente fazemos da felicidade. é ela procurada sempre por si mesma e nunca em vistas em outra coisa, ao passo que a honra, ao prazer, a razão, e a todas as virtudes nós de fato escolhemos por si mesmos..., mas também os escolhemos no interesse da felicidade, pensando que a posse deles nos tornará felizes. A felicidade, todavia, ninguém a escolhe tendo em vista algum destes, nem, em geral, qualquer coisa que não seja ela própria. 

Tal pensamento do filosofo, nos quer indicar, de forma simples, que temos o objetivo certo, comum a natureza humana, de possuirmos o desejo de querermos alcançar a tão buscada felicidade, mas escolhemos os meios errados para chegar a ela, pois, a felicidade que é fim em si mesma, a confundimos com os meios que levam a ela. Nos esquecemos que a felicidade não se encontram nas coisas, mas na forma que a tomamos, como administramos tais coisas, para traduzir-se em efetiva realização pessoal momentânea, mesmo porque a felicidade não é um estado permanente, mas um estado momentâneo. Além disso, por mais que tenhamos os meios certos para alcançá-la, podemos nos perder em não expurgar os traumas, insatisfações, desalegrias mal reconciliadas dentro de nós... Se não soubermos administrar a nossa vida e não fazermos periodicamente uma higiene psicológica, estaremos fadados a uma vida relegada a infelicidade, e não a felicidade que tanto buscamos. Reflita Picaretas!

Rafael Sacramento




      OS PICARETAS SOCIETY


"A Força da nossa amizade nos conduz à vitória"



10/08/2011 por Rafael Sacramento


Ser Líder: A Melhor oportunidade para servir

Nesta reflexão, vamos trabalhar a noção de liderança exposta no livro “O monge e o executivo”, que o autor baseou-se num dos grandes sociólogos fundadores da ciência chamada sociologia, Max Weber. Neste livro, referência para todos aqueles que pretendem ser lideres ou já exercem a liderança, esboça-se a seguinte definição do que é ser líder:


Liderança: É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como
sendo para o bem comum.


     Esta muito claro que essa definição se encontra mais alocada à relação de trabalho que existe dentro de uma empresa, mas, vamos explanar tal definição e estender a toda e qualquer relação humana, então a definição ficaria assim:  


Liderança: É a habilidade de influenciar pessoas a atuarem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como
sendo para o bem comum



Costumamos associar liderança como uma função empregatícia que alguém é nomeado a liderar, como é nomeado a exercer um cargo de chefia, supervisão, gerência, etc. Mas, na verdade, em suma, liderança não tem nada a ver com isso. Liderar é uma habilidade que ninguém dá a ninguém, e ninguém nomeia a ninguém; o máximo que acontece é reconhecer exteriormente a liderança que alguém denota ter, ou melhor, já exerce. Embora o livro associe liderança à habilidade que quer dizer um hábito adquirido que outrora seu possuidor não o detinha em si, ou em sua personalidade, não menosprezo tal significado em sua completude, mas entendo que a liderança é aprimorada, e, neste sentido é uma aquisição enquanto aperfeiçoamento, mas que, a liderança se encontra mais no campo do carisma, ou do dom do que da aquisição, sendo, portanto algo que não está ao alcance de todos. Sendo assim, ou a pessoa tem, ou ela não tem, pois tal lhe é inato, e aperfeiçoado com o passar do tempo. Em outras palavras, não perca tempo querendo ser aquilo que você não é, é melhor descobrir o seu lugar, a sua vocação, e trabalhar em cima dela. Algumas pessoas, por mais que queira e se esforce, nunca serão aquilo pelo qual não possui aptidão para ser. Só para citar um exemplo, poderíamos olhar para o ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, Pelé, que foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos, quase que eternizado, e dizer: - Vamos confeccionar um novo atleta do século, dando a ele, as melhores condições, o melhor treinamento, o melhor local para treinar, os melhores profissionais esportivos, etc... Até conseguimos realizar tal façanha com coisas, mas não com pessoas, pois, ninguém poderá forjar um Betovem, um Airton Senna, um Leonardo da Vinci, Um Michael Jackson, dentre outros. Outro ponto importantíssimo da definição acima é entender que realizar a façanha de levar as pessoas a fazerem com entusiasmo aquilo que se julga o melhor para o bem de todos, e identificarmos isso como liderança, é, ao mesmo tempo, identificar tal obra como serviço prestado a humanidade atingida. A palavra serviço acaba tendo uma conotação negativa, porque a associamos ao trabalho não voluntário, mas a algo forçado. Servir, no seu significado mais profundo e original, significa doação. Fazer ao mesmo tempo algo que não se espera nada em troca e que em nenhum momento incorre em ser uma obrigatoriedade, mas pura gratuidade. Portanto, além de tudo, para visualizarmos aquilo que é o melhor para todos, requer sabedoria, visão ampla, para nas situações corriqueiras do dia a dia ter a proeza de identificar o melhor para todos, em qualquer âmbito de atuação, e com total desprendimento, isso é a função do líder, que é sinônimo de serviço e sabedoria, “casamento” perfeito. Liderar, em última instância, não é ter o poder de mandar, mas a habilidade ou dom de influenciar e servir a todos que estão a sua volta, o máximo possível, a fazerem o melhor seja em qualquer atividade. Reflita Picaretas!

     



Rafael Sacramento







OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz à vitória"


05/08/2011 por Rafael Sacramento


Natureza e sentido de Confraternizar: Feliz aniversário Picaretas



Na filosofia trabalhamos o conceito de natureza, que traz juntamente ao seu significado, a noção daquilo que e imutável, ou seja, aquilo que não muda, mas permanece de tal ou qual maneira constantemente. A idéia de natureza esta vinculada inseparavelmente à noção de essência, ou aquilo que define a identidade ou o modo de ser de cada coisa que existe. Então, poderíamos dizer que o homem é por natureza um ser social, como um dos filósofos gregos mais influentes da historia da filosofia o define “o homem e um animal social” (Aristóteles), ou seja, o homem nasceu determinado a estabelecer relações com os outros e não para viver isoladamente, pois, em tal estado, fatalmente morreria. Se o homem é por natureza social, trai a sua natureza quando busca viver como se os outros não existissem, numa atitude de egoísmo, e, para tanto, dizemos que o homem que se considera auto-suficiente e não precisa dos outros, ele se encerra numa atitude não natural, desnaturada, que, como vimos, fracassará. Se formos um pouco mais afundo, veremos que esta é uma verdade obvia, pois, o homem depende de tudo para ser... Antes que fossemos alguém, ou seja, anterior ao nosso nascimento, dependemos de que ao menos duas pessoas de sexos opostos se unissem numa reprodução sexuada, ou mesmo em tempos modernos, numa reprodução assistida, por meio de inseminação artificial. Mas nossa dependência não para por aí! Até que possamos nos virar sozinhos, dependemos dos cuidados dos pais ou de terceiros, para se alimentar, se vestir, se higienizar, para termos proteção, etc.. Sabemos que mesmo após termos como nos virar, continuamos dependendo um dos outros de maneira inalienável. Nesta ótica, entendemos que algumas coisas são por natureza, ou mesmo, pelo sentido que atribuímos, se tornam por natureza. Assim que o lema: “a forçaa da nossa amizade nos conduz a vitória”, tornou-se a natureza dos Picaretas futebol Society, ou seja, trair esse lema é trair a natureza de ser picaretas, de fazer parte deste time. Tal natureza de ser picaretas, tal história de derrotas e vitórias no gramado sintético como no gramado da vida, tais encontros entre amigos, que extrapola o futebol, mas se manifesta em amizade, descontração, trabalho, lazer e diversão, está para completar um ano de vida, de existência, de contribuição para uma vida melhor a todos os integrantes desta família, que não se resume apenas aos jogadores, mas aos parentes, namoradas, filhos, pais, irmãos, esposas, admiradores, colaboradores, enfim, a família picaretas. Para festejar esta data tão especial, cuja comemoração envolve mais que o aniversário de um time, mas de ideal de ser time, conforme já refletimos por meio do lema e da noção de natureza, pretende-se confraternizar, ou promover uma confraternização... mas, afinal, o que significa confraternizar-se??? A palavra confraternização vem de confraternizar que deriva do latin fraternu, unida ao prefixo (con). A palavra latina fraternu pode ser traduzida por irmão, que unida ao prefixo (con), representa um conviver entre irmãos, festejar com irmãos, comemorar no meio de irmãos, mas principalmente viver, como, entre e no meio de irmãos, significa ser irmãos de fato. Não somos irmãos dos outros por vínculos de consangüinidade e parentesco ou por fazermos parte de uma mesma família, mas sim por nos comportar como irmãos, isso requer valores, compromisso, afeto, carinho, cuidado. A verdadeira irmandade esta em cuidar independente dos laços familiares. E ai que encontramos a contradição em ver pessoas que são da mesma família e não cuidam umas das outras e pessoas que são de família diferentes, mas que se cuidam de verdade, praticando atos de cuidado como mencionamos acima. O conceito de cuidado junguiano (Psicólogo discípulo de Freud.), representa exatamente o que o conceito de confraternização quer promover entre as pessoas. Não se reúnem numa mesma festa se não se tem motivo para comemorar, se não tem o que comemorar, ou mesmo apenas para fazer uma festa vazia de significado... Mas à festa representa o desfeche de algo que valeu a pena ter sido vivido, que tem seu significado e importância. Portanto, aqueles que entenderam essa animadora mas ao mesmo tempo desafiadora proposta e se sente parte desta família, compareça ao seu primeiro aniversário na data de 18 de outubro, mas que será comemorado dia 23 do mesmo mês, no campo – lugar – onde varias das tantas vitórias foram conquistadas! Vai picaretas, parabéns, todos que fazem parte dessa família merecem! Feliz aniversário Picaretas.

Rafael Sacramento



OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz à vitória"

             







19/07/2011 por Rafael Sacramento


A FORÇA DA NOSSA AMIZADE NOS CONDUZ À VITÓRIA". "VAI PICARETAS"








     Esse lema é fruto real de um conjunto de pessoas – amigos – que arrumaram uma ocasião para ficarem ainda mais próximos e consolidarem um elo de amizade. Uma amizade, verdadeira, é formada de ajuda mútua, companheirismo, fidelidade, presença nos bons e nos maus momentos da vida, ombro amigo, valorização do outro, capacidade de falar a verdade mesmo que doa... Tal forma de agir, entre os amigos, contagiam quem quer que seja.
     Foi assim, que amigos, nesta amizade que contagia, contagiaram outros a fazerem parte deste grupo de amigos, que se reuniram para jogar futebol. Aquilo que por ora parecia uma brincadeira tornou-se algo “sério”, no bom sentido. A reunião entre amigos virou um compromisso de fazer a amizade se estender ao campo de futebol, orginando - Os Picaretas Futebol Society.


        Todo time, empresa, escola, associação, enfim, todas as instituições humanas têm uma origem, e tal origem não apenas define a identidade do grupo, mas cristaliza um ideal a ser mantido e carregado por ombros fortes, e que, seu diferencial é justamente não se afastar, mas permanecer o máximo possível fiel a sua origem: “Quem se esquece da onde veio, se esquece o que se é”; as vezes temos que voltar a nossa origem para saber qual a nossa real identidade e não se perder nas trajetórias da vida, e nos rumos que nossas instituições vão tomando.
       Mudanças sempre acontecem, mas elas devem tornar o grupo ainda melhor, em outras palavras, aprimorar o lema que o gestou, e quando se agregam novas pessoas para levarem diante uma missão, elas, antes de mais nada, devem acreditar nesse lema, se identificar com ele, e, assim, fará com que ele permaneça, se fortaleça e atinja seu objetivo: “a vitória       A vitória não significa apenas ganhar jogos, mas ganhar também fortalecimento da amizade que os reuniu a buscar a vitória, pois a vitória esta a serviço da amizade e não a amizade a serviço da vitoria, embora a diferença seja muito sutil, muitas vezes vai ser a derrota ao invés da vitória que mais ira unir o grupo, pois, ao passo que muitas vitorias são alcançadas, pode se instaurar a soberba, o orgulho, o amor próprio (em detrimento do desprezo do outro) e o egoísmo, e se esquecer que num time, de verdade, não existem estrelas, ou a estrela, a não ser que essa seja o próprio time, e, aí, todos brilham.        Num time de verdade, é o coletivo que deve ser realçado, pois, para ser fiel ao lema, todas as vezes que isso não acontecer, e um, ou alguns ao invés do time for exaltado, se instaura a inveja e o comodismo, o time passa a ser trampolim para a fama e interesses particulares e não coletivos, se esquecem que estão lá pelo time, pelos outros, e não por nos mesmos, apenas, pois os outros estão lá por nós... Então, a amizade irá permanecer, pois o time deve levar a maior vitória cujo lema anuncia, a vitória de fortalecer ainda mais as amizades e contagiar colaboradores, e, as vezes, tal objetivo vem a partir da derrota.      Vai picaretas, juntos na vitória e na derrota, mas lembrem-se, a maior vitória, maior que a conquistada em campo é a fora dele, ou seja a amizade vencer. Reflita Picaretas.



Rafael Sacramento



OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz a vitória"




13/07/2011  por Rafael Sacramento


A comunicação do futuro: pessoalidade ou impessoalidade?



      A tecnologia, na comunicação, trouxe avanços inegáveis para ampliar, agilizar, melhorar e aproximar o contato entre as pessoas. Hoje é notável a adesão a web por uma parcela considerável das sociedades, que passa a ser de fato o lugar onde as pessoas acabam por desvelar suas personalidades e se conectarem tanto com amigos, parentes, colegas de trabalho e da faculdade, além de espaço específico ou de maior interesse para fazer novas amizades, iniciar relacionamentos, arranjar emprego, fazer compras, e até mesmo conhecer o mundo em nossa volta.

      Não é novidade para ninguém que o mundo tornou-se uma pequena ilha, em que sem sair de nossa casa, mas conectado a internet, pelos variados meios de acesso, temos ingresso aos maiores acontecimentos do mundo como a possibilidade de interagir com pessoas de todos os lugares. O mundo real já não é o que se encontra fora, mas dentro do âmbito da inter-conectividade que a web proporciona.

     Está mais que evidente o quanto as pessoas estão inseridas neste processo da informatização, sendo este o “veículo” grandemente solicitado, como maneira de interação humana com maior utilização, que tende a exercer exclusividade perante os outros “veículos”, como cartas, telefonemas, visitas pessoais principalmente. Também é inegável como existe toda uma “campanha” para tornar esse meio o único possível para que de fato existamos. Só tem status existencial quem esta inserido em tais meios de comunicação, sendo uma adesão irrevogável para garantir a condição de pessoalidade as pessoas. Mas, um paradoxo se apresenta, pois, ao mesmo tempo que esse busca a interação entre o maior numero de pessoas, ele também promove a impessoalidade entre seus usuários. Ao mesmo tempo que cria vínculos, ele alastra o individualismo e a inautenticidade entre as pessoas. As pessoas nunca estiveram tão próximas e tão distantes simultaneamente.

      De fato são inegáveis os avanços, como também os retrocessos. A web deveria ser um instrumento a mais para promover o contato e bom relacionamento entra as pessoas, mas nem sempre cumpre esse propósito, algo que se torna perigoso... Vemos no filme “Game” uma sátira fictícia do quanto às pessoas tornam-se impessoais, ficando em suas casas e permitindo que um robô a elas conectado assuma seus papéis sociais, estando elas resignadas a exercer o comando de tais andróides, mas embora este traga muitos benefícios, é notável o quanto as pessoas vão se tornando superficiais e infelizes. É um bom retrato do que hoje visualizamos nas relações humanas.
     Não se pretende aqui negar a importância da web e seus benefícios, mas não soa estranho que às vezes somos capazes de sermos mais nós mesmos quando estamos na frente de um computador teclando com alguém do que quando gozamos da presença pessoal desta? Será que não estamos nos acostumando a sermos superficiais? Como podemos admitir sermos mais sinceros com uma máquina e não sermos da mesma maneira com o próprio ser humano? É claro que existem processos psicológicos envolvidos, como dizer certas coisas que não temos coragem de dizer olhando nos olhos das pessoas, mas sem perceber, vamos nos despersonalizando a tal ponto, que, daqui um dia, nem para procriarmos iremos promover encontros? Já dizia o filosofo: “O homem não vive isolado, mas em sociedade”... Lembrem-se disso!          Reflita picaretas.


Rafael Sacramento




OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz á vitória"


06/07/2011 por Rafael Sacramento



Ter Coragem para Fazer a diferença: “Sermos nós mesmos” 

    


“Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é igualmente infinita em todos.” (Sartre). Abro este texto com tal frase que pertence ao filosofo existencialista Jean Paul Sartre, que preconizava em seu sistema filosófico que uma das maiores marcas do homem, e, mesmo aquilo que o torna homem de fato é justamente o exercício de sua liberdade, que, como vimos na frase, é tão autêntica que ganha status de infinitude... Ser livre é ser humano, ser humano é ser livre... Para Sartre, sem dúvida, a liberdade não apenas constitui, mas define o que quer que seja humanidade. E mais, Sartre quer enfatizar que a liberdade é uma qualidade presente em todos os homens e não em alguns seletos.  Sartre afirma que somos condenados a fazer escolha, ou seja, somos livres e tal condição é inalienável. Desta forma, se a escolha é a marca do homem, podemos entender outra grande afirmação do filosofo: “Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação.” Somos tão livres para agir e escolher que até a abdicação por não fazer escolha alguma já é em si uma escolha irrenunciável... Nunca podemos nos esquivar da real possibilidade de guiar a nossa vida, mesmo que escolhamos deixar aparentemente que as coisas sigam o seu próprio rumo, que na verdade é apenas uma atitude um pouco covarde de não assumir o leme do barco em que navega a nossa vida. Para reforçar tal idéia podemos ainda utilizar outra citação do filosofo: “Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem.” A Coragem não é a marca do homem, assim como a liberdade, porém imagino que o homem covarde torna-se pior que os animais, pois, embora estes não tenham escolha, instintivamente a maioria de suas respostas são uma afirmação de coragem, enquanto o homem, por ter sua racionalidade, pode encerrar-se numa escolha irracional e inferior a sua animalidade, que é a covardia.  A covardia acaba por ser a marca da maioria dos que seguem a “tirania da multidão”, para parafrasear com Sêneca. A “tirania da Multidão” é um conceito desenvolvido pelo filosofo Romano Sêneca para explicar as pessoas que renunciavam a sua individualidade e seguia o curso da maioria, em outras palavras é o que chamamos de massificação. Neste sentido a covardia é abdicar de si mesmo para seguir o fluxo da multidão, ao invés de diante das tempestades da vida ter o destemor de imprimir o ritmo a rebeldia das ondas, até que estas se tornem uma verdadeira calmaria... Será, até que ponto, que vamos “deixar a vida nos levar” sem interferir autonomamente no processo decisório que nos impele a fazer escolhas diariamente, e de fato, com consciência e determinação sermos responsáveis direto do nosso destino?...  Sartre nos ensina que nunca é tarde para mudar de forma significativa o rumo de nossa existência: “O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem, do que poderia ter.”. No entanto, só podemos ter e alcançar o que desejamos e está em consonância com a aspiração mais profunda de todo o nosso ser e “vontade de potência”, como nos diz Nietzsche, se tomarmos a postura de controlar a nossa vida e defender a nossa causa maior com toda a nossa existência: “Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.”. Falta-nos a coragem de deixarmos de viver a vida dos outros, de deixar de fazer o que todo o mundo faz, para viver a nossa vida que ninguém poderá viver por nós. Até quando vamos nos esconder atrás dos outros ao invés de dar a nossa cara para bater? Quando seremos autênticos?... Estamos dispostos a fazer a diferença no cenário da existência, ou ser mais um, apenas mais um, que se perde no meio da maioria, pois abdicou de sua individualidade, para ser o que todos são? Chega!!! Encontre a coisa ou causa que realmente vale a pena lutar, todo mundo têm a sua, e de um sentido a sua estadia no mundo dos vivos, que resume-se numa contingência, na qual, a cada dia estamos mais próximos do fim... Não temos mais tempo a perder!  Vamos parar de culpar os outros por aquilo que em nossa vida não deu certo, ou não saiu do jeito que planejamos, mesmo sabendo que, sem dúvida, dependemos das pessoas para obter muitas conquistas, mas também é verdade que muitas vezes nos esquivamos de nossa real responsabilidade quando as coisas não saíram da melhor forma possível e colocamos a culpa só nos outros... “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.” (Sartre). Não somos condenados ao fracasso porque na vida alguém nos prejudicou em algum momento dela, mas apenas se fizermos do fracasso que nos conduziram o nosso próprio fracasso absoluto... Esquecermos que somos nós que damos a última palavra, pois você torna-se realmente um fracassado na vida, não quando alguém diz que você é, mas quando você acredita que é e age como tal. “O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio” (Sartre). As palavras não têm força em si mesmas, a não ser se dermos força a elas... Se alguém disser que você vai morrer prematuramente e você acreditar, simplesmente, mesmo que não exista nenhum motivo concreto para tal ameaça, conseqüentemente por conta de seu assentimento iniciará um processo de deterioração da vida no campo psicológico, que irá minando a sua vontade de viver aos poucos, até o ponto que, conjuntamente a sua perda de sentido, desembocará fatalmente num adoecimento e na eminente morte... Nem tudo que nos falam devemos acreditar, nem muito menos determina o que agente é, mas com certeza, aquilo que damos assentimento real e acreditamos que somos, de fato seremos, num estágio que pensamento e realidade se unificam simbioticamente, e tal união dará o escopo personificado da vivência de cada um. Faça a sua escolha, deseja fazer a diferença e ser você de verdade ou abdicar de sua capacidade de escolha, fazendo uma escolha covarde por não escolher, e permitir, se tiver “sorte”, que as coisas acabem “bem”... Prefiro fracassar na vida pelas minhas próprias escolhas do que vencer nela por conta das escolhas que os outros fizeram por mim, pois, para mim, neste caso, foram eles que venceram em mim e eu mesmo continuei um perdedor... Não se esqueça, para tanto, temos que ter coragem!  REFLITA PICARETAS.


Rafael Sacramento


OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz á vitória"









28/06/2011 por Rafael Sacramento



O perdão do ponto de vista religioso e psicológico:




“Perdoai os nossos pecados, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”


Embora essa frase seja uma das mais pronunciadas de toda a história, e é atribuída a uns dos personagens mais respeitado, admirado e conhecido de todos os tempos, a saber, Jesus Cristo, muitas pessoas ainda não a compreenderam em sua completude, e, muitos, por não serem religiosos, fazem pouco caso dela. Mas, eu quero te convidar a uma reflexão sobre esta frase, independente de ser você religioso ou não, e pedir-te humildemente que observe seu conteúdo e sentido maior, pois, tal frase, extrapola o circulo religioso, é deve receber o status de patrimônio universal da humanidade, do ponto de vista religioso e psicológico. Muitos a entendem como uma limitação ou condição que Deus impõe ao ser humano, para que este conquiste seu perdão. Mas seu sentido teológico vai em outra direção. Deus perdoa de antemão nossos pecados, mesmo antes de nós o cometê-lo e independente de nos reconhecermos pecadores e buscarmos nossa reconciliação através do arrependimento. Ou seja, o perdão de Deus é dado, é dádiva, é graça... Todas essas palavras querem significar que Deus dá seu perdão sem pedir nada em troca, pois o que é de graça, é de graça, não busca uma troca ou condição. O que está por trás de todo esse processo é que o Amor de Deus pelo pecador é maior que o seu pecado, por isso, supera a tudo: “O amor Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.” (1º Cor. 13, 4-8). A condição supostamente proposta por Jesus nessa frase “Perdoai os nossos pecados, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, na verdade, não é uma condição que limite o perdão de Deus, mas sim aclarar a falta de coerência humana, em sempre querer levar vantagem sobre os outros... Como queremos perdão senão somos capazes de perdoar? Em outras palavras, como queremos ser amados se não somos capazes de amar? O que Deus quer de nós é coerência e principalmente que amemos as outras pessoas verdadeiramente para merecermos o seu amor por nós que tanto suplicamos, e, sem dúvida, a maior manifestação de amor é dada no perdão: só perdoa quem ama e só quem ama é capaz de perdoar. Perdoar alguém não significa ser conivente com o erro das pessoas, isto é, não faz sentido perdoar um criminoso e deixá-lo impune. Perdoar não corresponde à exclusão da justiça, mas sim cumprimento desta, pois perdoamos como expressão do amor, mas não apagamos as conseqüências dos malefícios causados no ato de perdoar, portanto, tais maléficos merecem ser reparados dignamente. Do ponto de vista psicológico, perdoar é uma forma de garantir a saúde emocional, pois aquele que não perdoa, leva seu ofensor para a “cama”, não tem paz dia a dia e principalmente no momento mais sagrado que é o do sono, não tem tranqüilidade para descansar, pois o ofensor o perturba, e tira sua qualidade de sono, causando insônia, estresse, sintomas psicossomáticos, que futuramente podem desencadear num câncer. “Perdoar sai mais barato”. Falar de perdão é falar de coerência, por isso extrapola o âmbito religioso. Quantas vezes nós solicitamos para si o melhor em tudo, queremos o melhor atendimento quando vamos a uma loja de roupas, ou a um restaurante, ao mercado, etc. Mas nos esquecemos de darmos o melhor atendimento quando nós exercemos a função do outro lado. Somos especialistas em querer receber aquilo que não damos. Somos especialistas em cobrar serviço, mas não em servir. Como nos diz uma oração dedicada a Francisco de Assis: “Amar para ser amado, compreender para ser compreendido, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado...”.  “Ame o Pecador, Não o Pecado” (Rm 6:22), tal frase quer que sejamos coerentes e não coniventes. Ao mesmo tempo que não permitamos que um sentimento de culpa nos tire a vontade de viver, mas que reconheçamos nossos erros e arquemos com as conseqüências, também nos impele a não sermos tão cruel com os outros a ponto de querer que paguem mais caro pelo que cometeram, e sim que pague o merecido, mas também garantir o justo perdão e a saúde emocional. Somos beneficiados ao dar benefícios. Quando perdoamos mais ganhamos do que perdemos. As coisas se invertem. Não devemos permitir que as coisas extrapolem o merecido. Mas não esqueçamos de manter a coerência e deixar a hipocrisia de lado. Nunca se esqueça de fazer antes de cobrar que os outros façam. Existe uma frase que resume nossa reflexão, presente nos evangelhos e também atribuída a Jesus e que é considerada a regra de ouro da moral cristã: “façam aos outros aquilo que você gostaria que fizessem a você”. Reflita picaretas! 




Rafael Sacramento



OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz á vitória"




21/06/2011 por Rafael Sacramento



Os tipos de força e o seu poder de influência


           




Quando paramos para pensar sobre os variados tipos de forças vigentes na sociedade, que talvez já exercemos ou as pessoas exercem sobre nós, se encontram, certamente, dentre elas, de um modo geral, o uso da força física, uma ameaça por meio de uma arma de fogo ou por meio de qualquer objeto que põe em risco da integridade física. Em outras palavras, a força coercitiva, que leva uma pessoa a praticar algo contra a sua vontade, como que violentando-se no terreno do desejo, para atender a exigência daquele que nos impõe tal augúrio. Mas serão estes os únicos modelos possíveis de forças que exercemos ou exercem sobre nós? Será que sempre precisamos apontar uma arma para alguém para influenciá-la?


O conceito de trabalho provem do uso de um instrumento de tortura chamado tripálio, derivado do latim tripaliare, que era utilizado no adestramento de animais ou processo forçoso de fazer o escravo realizar, contra a sua vontade e condições físicas, o trabalho forçado (corvéia) que o subjugador lhe obrigará a fazer. Por causa dessa origem, o trabalho é sempre visto como algo negativo. Não vem ao caso tratar aqui da questão do trabalho, mas apenas ressaltar o quanto a força está presente nas formas, de um modo geral das relações humanas. Hoje esses mecanismos funcionam de uma forma muito mais sutil, mas ele existe em todas as relações humanas e em seus desdobramentos. Só para citar um exemplo, podemos observar o poderio dos meios de comunicação que convencem você a consumir um certo produto, por meios conscientes e inconscientes, mas fundamentalmente pelo segundo, favorecendo a estabilização mercantil da circulação desse determinado produto, do capital gerado em cima disso, que beneficiam todas as partes interessadas e idealizadoras desse mecanismo, e pode estar por trás disso, na maioria das vezes, um sistema que funciona, mas que o menos beneficiado é você, que na verdade foi influenciado sutilmente a tal, acreditando ser o melhor... Mas embora houvesse influência inegavelmente, não significa que o melhor do ponto de vista do bem comum foi respeitado, mas privilégio de alguns em detrimento do prejuízo do outro. Nem sempre o pensar da maioria é o melhor a ser observado, é muito contestavel a frase "a voz do povo é a voz de Deus". Devemos refletir, a influência pode ser boa ou ruim, mas, de fato, qual influência permeia a sua vida em geral? Qual influência você exerce sobre as pessoas de uma maneira geral? Influenciar requer também responsabilidade, pois sempre influenciamos pessoas, para algum dos lados, ao mesmo tempo que sempre estamos sendo influenciados. Mas, seja sincero, de que lado você realmente está? Será que a influência que você está exercendo é fruto de sua livre escolha ou alguém sutilmente, sem manejar uma arma, induziu você a fazer algo que na verdade não queria fazer? Que ao menos, tomemos consciência que esse processo existe, é real, e façamos nossa escolha, por usá-lo para o bem comum, ou pior, para a massificação e manipulação das pessoas. O que de fato você quer? Quem de fato você é? Não há neutralidade, mesmo quando inconscientes desse processo. Reflita picaretas.



Rafael Sacramento







OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz á vitória"
14/06/2011 por Rafael Sacramento

Compromisso

Quando duas pessoas resolvem se casar e assinarem um contrato civil e participam de uma cerimônia religiosa, onde assumem um compromisso diante de Deus e dos homens, mas principalmente diante de si mesmos que viverão o dia a dia da vida de um casal, podemos notar um ato único que envolvem ao menos duas testemunhas para ter validade tanto no caso civil como religioso. Um ato único e um casal feito em conjunto com o todo... São duas pessoas que se casam diante de si mesmas, dos outros, convidados e padrinhos, das autoridades civis e religiosas e diante de Deus, ou seja, um ato único que envolve a totalidade. Essa realidade metafórica que ocorre no casamento comumente tomado acontece em várias etapas e compromissos que assumimos na vida diariamente. Assumimos compromisso com o nosso trabalho, com a nossa escola, com nossos amigos, com a igreja, com a nossa família... A vida é norteada de compromissos assinados e mantidos... Mas até que ponto bem administrados? Não assinamos um compromisso quando praticamos o ato de assinar algum papel, damos a nossa palavra, nosso assentimento, nosso sim... Isso é apenas uma etapa do compromisso. Assinamos o nosso compromisso a cada dia que honramos essa demanda que nos comprometem. Compromissar-se com algo é mais que uma mera assinatura... Não sou fiel aos meus compromissos apenas no exercício efetivo que o evidencia, no caso do casal, o compromisso não é assumido apenas quando eles estão presentes um para o outro, mas levamos nosso compromisso para onde formos... Temos que ser fiel a ele, onde estivermos. Não há momentos em que ele é suspendido ou ato em que ele não é contemplado, mas em tudo que fazemos, colaboramos ou não para a retificação de nossa primeira escolha e juras: honrá-lo devidamente. Um contrato, um compromisso é constituído de direitos e deveres, em que um não anula o outro, ou seja, o fato de ser traído em qualquer dos meus compromissos não me da o direito de trair também... Isso é despersonalização e negação dos valores que outrora asseveramos ter... Mas é fácil tê-lo apenas quando conveniente... Como será que estamos administrando os nossos compromissos? Estamos de fato compromissados com o compromisso que assumimos em cumpri-lo por nossa responsabilidade e convicção pessoal, ou usamos o descumprimento de umas das partes como justificativa para ocultar a nossa incapacidade de cumpri-lo meritoriamente?... É algo de se pensar... Rafael Sacramento





OS PICARETAS SOCIETY
"A Força da nossa amizade nos conduz á vitória"

13 comentários:

  1. Tema Interessantíssimo!! O compromisso deve ser cumprido em sua totalidade, e devemos ser sabedores que quando assumimos um compromisso, o próximo depende de nossa palavra e de nossa atitude. Muito legal!!

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  2. Legal... Adorei...

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  3. Verdade Anderson e Bianca, o compromisso nunca é unilateral, mas bilateral, é compromisso com alguém, com o outro e, assim sendo, as partes envolvidas sempre estarão contempladas no cumprimento ou descumprimento deste... em outras palavras, num compromisso os malefícios e benefícios que praticamos afetam a todos, inclusive a nós. valeu!

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  4. BELAS PALAVRAS TENHO CERTEZA QUE TDS NOS VAMOS APRENDER MUITO ATRAVES DESSE LINK

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  5. To adorando o site de vocês... Muito bom...

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  6. Posso mandar texto também pra vocês postarem?

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  7. OS PICARETAS SCOIETY agradece a mensagens e aguardamos os textos!!

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  8. MUITO INTERESSANTE A QUESTÃO DA ESCOLHA DE COMO SE USAR A INFLUENCIA DE QUE LADO ESTAMOS DO BEM OU DO MAL COMO DIZ O THIAGUINHO EXCELENTE RAFINHA

    ESSE LINK JA VIROU SUCESSO

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  9. isso aee rafinha legal esse momento de reflexaão mlk vc é zica mesmo...abrço...

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  10. Adorei o link “Reflita Picaretas”. Nós, que residimos e trabalhamos na cidade de São Paulo, um dos grandes centros urbanos do mundo, nos encontramos absorvidos de tarefas. Temos que trabalhar, estudar, cuidar da família e da casa, enfrentar filas no supermercado, no cinema, na farmácia, e, ainda, temos que enfrentar, todos os dias, o caos do trânsito paulistano, que aborrece e estressa as pessoas mais calmas que conhecemos. Com acúmulo dessas atividades no nosso dia-a-dia é, praticamente, impossível encontrar tempo, um tempinho, mínimo, para discutir as questões fundamentais que envolvem os mistérios da existência humana. O Reflita Picaretas nos oferece essa oportunidade. Parabéns Picaretas e Rafael Sacramento pelos textos divulgados no blog.

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  11. O perdão não envolve apenas a relação com o outro: A culpa e a mágoa atordoam a alma dos arrependidos. E se “só perdoa quem ama e só quem ama é capaz de perdoar” não perdoar-se é a manifestação da falta de amor em si mesmo.

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